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Arte Namban na Torre do Tombo!

“Diálogos com a Arte Cristã” | Participação do Arquivo Nacional da Torre do Tombo

no Dia Nacional dos Bens Culturais da Igreja 18 outubro 2018

 O Arquivo Nacional da Torre do Tombo tem muito mais que documentos. Guarda diversas peças de características museológicas, entre as quais duas estantes missal de Arte Namban. São um tesouro inesperado da diversidade do património cultural e da interculturalidade na arte cristã.Qual a proveniência destas duas peças? Qual o caminho que fizeram até nós?

São questões que esperam uma resposta.

 

António Baião e Pedro de Azevedo na incontornável obra O Arquivo da Torre do Tombo: sua história, corpos que o compõem e organização, são omissos quanto à existência destas estantes missal em arte Namban. Porventura seriam referidas a par de outras peças de mobiliário que elencam, acaso já se encontrassem na Torre do Tombo, em 1905.
Em 1990, Martim de Albuquerque em A Torre do Tombo e os seus tesouros, alude muito sucintamente às estantes missal em arte Namban, como parte do lote de preciosidades de mobiliário que guarda a Torre do Tombo.
Pedro Dias, também antigo director do Arquivo Nacional, na sua História da arte portuguesa no mundo, no capítulo dedicado ao mobiliário e objectos utilitários Namban, apesar de afirmar que não se pretende fazer um elenco de todas as existências, não menciona a Torre do Tombo como detentora de duas estantes Namban.

Fala-nos das suas características: As estantes de missal, ou shokendai, foram comuns em todas as igrejas da Companhia de Jesus, quer no Oriente quer no Ocidente, mas raras devem ter sido também as igrejas das outras ordens religiosas ou mesmo paroquiais que as não tiveram. É a conclusão que podemos tirar, não só pela abundância em colecções públicas e privadas de todo o mundo, como também se conservarem em número surpreendente nalguns institutos religiosos […].

A forma destas estantes não varia muito, sendo mais sensíveis as diferenças na decoração. No entanto, em todas elas avulta o emblema da Companhia de Jesus sobre o uruxi. A decoração é geométrica ou, pelo menos, regular na frente, e com folhagem a maquié no verso, tudo enriquecido com incrustações de madrepérola.

Veja outras iniciativas do Dia Nacional dos Bens Culturais da Igreja aqui. 

 

 

Última Actualização: 7 de Janeiro de 2022