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Padre António Vieira nos cárceres da Inquisição

Em 1 de outubro de 1665, o Padre António Vieira foi encarcerado pela Inquisição.

Estas são algumas das informações que constam do seu processo:

Idade: 55 anos
Crime/Acusação: proposições heréticas, temerárias, mal soantes e escandalosas
Cargos, funções, actividades: religioso professo da Companhia de Jesus
Naturalidade: Rua dos Cónegos, freguesia da Sé, Lisboa
Morada: Coimbra
Pai: Cristóvão Vieira Ravasco, fidalgo da Casa Real
Mãe: D. Maria de Azevedo
Estado civil: solteiro
Data da apresentação: 21/07/1663
Data da prisão: 01/10/1665 (cárcere da custódia)
Sentença: auto-da-fé privado de 23/12/1667. Privado para sempre de voz activa e passiva e do poder de pregar, recluso no Colégio ou Casa de sua religião, de onde não sairia sem termo assinado pelo Santo Ofício, assinar um termo onde se obrigava a não tratar mais das proposições de que foi arguido, nem por palavra nem por escrito, pagamento das custas.

A leitura da sentença, sexta-feira 23/12/1667, na Sala da Inquisição, demorou duas horas e um quarto, no dia seguinte a mesma foi lida no Colégio. O réu, por motivos de saúde, foi autorizado a abandonar a sua reclusão no Colégio de Coimbra e a ir para a Casa do Noviciado de Lisboa. Por súplica do provincial da Companhia de Jesus, dirigida ao Santo Ofício, foi solicitada a anulação e perdão das penas que lhe foram impostas. Este pedido foi aceite por despacho do Conselho Geral do Santo Ofício, de 12/06/1668. A 30/06/1668, o réu foi chamado à Casa do Despacho da Inquisição de Lisboa, onde lhe foi comunicado o respectivo perdão e assinou o seu termo.

Em Agosto de 1669, o padre António Vieira partiria para Roma com licença do Rei.

Veja a descrição destes documentos:

 PT-TT-TSO-IL-28-1664_m0001

 Padre António Vieira

Padre António Vieira

 PT-TT-MSLIV-2263_m0105a

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Última Actualização: 2 de Outubro de 2015